segunda-feira, 20 de maio de 2013

Direitos Imprescritíveis do Leitor (Daniel Pennac)


    Durante a leitura descobrimos um mundo novo, cheio de imaginações, curiosidade, dúvidas, amor, prazer. O hábito de ler deve ser algo muito precioso e estimulado na infância, para que a criança o aprenda desde pequeno que ler é algo importante e prazeroso, assim com certeza ele será um adulto culto, dinâmico e perspicaz. Saber ler e compreender o que os outros dizem nos difere dos animais irracionais, pois comer, beber e dormir até eles sabem, é a leitura que proporciona a capacidade de interpretação.
     Toda escola, particular ou pública, deve fornecer uma educação de qualidade incentivando a leitura, pois dessa forma a população se torna mais informada e crítica. Há, entretanto, uma condição para que a leitura seja de fato prazerosa e válida: o desejo do leitor. Como afirma Daniel Pennac, “o verbo ler não suporta o imperativo”.


     Quando transformada em obrigação, a leitura se resume a simples enfado. Para prevalecer  esse desejo e garantir o prazer da leitura, Pennac prescreve alguns direitos do leitor, como o de escolher o que quer ler, o de reler, o de ler em qualquer lugar, ou, até mesmo, o de não ler. Respeitados esses direitos, o leitor, da mesma forma, passa a respeitar e valorizar a  leitura.  


 Porém também podemos perceber o lado ruim desses direitos, interferindo primeiramente no direto de não ler, esse direito forma o indivíduo desconhecido, o direito de pular páginas, esse direito deixa o discente sem uma boa compreensão do texto lido, o direito de não terminar o livro, como saber um conteúdo sem saber o final do livro? O direito de ler qualquer coisa, esse é preciso ter cuidado com quem vai ler, o que o livro trata e quais os conteúdos. 

2 comentários:

  1. Meninas, os direitos de não ler e pular páginas é uma forma de questionar a rigidez que a escola impõe à leitura literária. Na verdade a leitura literária é um exercício de liberdade, de escolha, de prazer... Sem esses direitos como conseguir isto?

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  2. Acho que você precisa rever seu conceito sobre a função da leitura, principalmente se vai ser professora.
    "O direito de ler qualquer coisa, esse é preciso ter cuidado com quem vai ler, o que o livro trata e quais os conteúdos." O que é isso? Ditadura da leitura?
    Literatura é arte, ler por prazer é diferente de ler com fins didáticos, então decida se o que você quer incentivar é gosto pela leitura ou hábito de leitura.
    Tem um cara chamado Paulo Freire (pedagogia da autonomia) que ajudaria muito a mudar essa visão reducionista que você está demonstrando.

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